Hiperplasia Benigna da Próstata
O que é?
A hiperplasia benigna da próstata – também chamada de aumento benigno da próstata – é uma condição comum à medida que os homens envelhecem. Uma próstata aumentada pode causar sintomas urinários desconfortáveis, como bloquear o fluxo de urina para fora da bexiga.
A próstata faz parte do sistema reprodutor masculino. Tem o tamanho de uma noz e pesa cerca de 30 gramas. A próstata é encontrada abaixo da bexiga e na frente do reto. Ela circunda um tubo chamado uretra, que transporta a urina da bexiga para o pênis.
Para que serve a próstata?
A principal função da próstata é produzir fluido para o sêmen. Durante a ejaculação, os espermatozoides produzidos nos testículos vão para a uretra. Ao mesmo tempo, o fluido da próstata e das vesículas seminais também se move para a uretra. Essa mistura forma o sêmen, que passa pela uretra e sai pelo pênis na ejaculação.
Quais são os sintomas?
À medida que a próstata aumenta, ela pressiona a uretra, dificultando a saída da urina. Jato urinário fraco, urinar frequentemente e levantar várias vezes à noite para urinar são alguns dos sintomas mais comuns. A parede da bexiga acaba ficando mais espessa, e eventualmente a bexiga pode enfraquecer e não ser mais capaz de esvaziar completamente, deixando um pouco de urina na bexiga.
Os sintomas mais comuns são:
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Sensação de que a bexiga está cheia, mesmo depois de urinar;
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Sensação de “não poder esperar” ou urgência para urinar;
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Um fluxo fraco de urina ou gotejamento;
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Necessidade de parar e começar a urinar muitas vezes;
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Problemas para iniciar a micção;
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Acordar muitas vezes à noite para urinar.
A maioria dos homens apresenta crescimento contínuo da próstata ao longo da vida. Em muitos homens, esse crescimento aumenta a próstata o suficiente para causar sintomas urinários ou bloquear significativamente o fluxo da urina.
Não está totalmente claro o que causa o aumento da próstata. No entanto, pode ser devido a alterações no equilíbrio dos hormônios sexuais à medida que os homens envelhecem.
Riscos de atrasar o tratamento
Em estágios mais avançados da doença pode ocorrer a formação de cálculos na bexiga, causando dor e sangramento ao urinar, assim como infecções urinárias de repetição. O paciente que tem a próstata muito aumentada e apresenta sintomas importantes tem risco elevado de retenção urinária aguda (que é a incapacidade súbita de urinar) e precisará passar uma sonda pela uretra para esvaziar a bexiga. Caso o paciente apresente um resíduo urinário muito elevado, pode ocorrer aumento da pressão para o trato urinário superior – rins e ureteres – levando a dano renal irreversível.
É importante ressaltar que a hiperplasia prostática benigna não tem relação com o câncer de próstata, porém as duas doenças podem existir simultâneamente. O seu urologista será capaz de diferenciar as duas condições através de exames mais específicos.
Tratamento
Existem atualmente vários tipos de tratamento para a hiperplasia benigna da próstata. Você irá decidir junto com seu urologista qual o tratamento mais adequado para o seu caso. O tratamento medicamentoso pode incluir o uso de alfa-bloqueadores, que relaxam a musculatura da próstata e da bexiga, facilitando a saída da urina. Também podem ser usadas drogas que reduzem o volume da próstata, inibindo a ação da testosterona no crescimento do tecido prostático.
Uma alternativa ao uso das medicações é o tratamento cirurgico, que pode ser feito por técnicas minimamente invasívas ou por cirurgia aberta (nos casos em que a próstata está muito aumentada). A famosa “raspagem”da próstata é a cirurgia mais comumente realizada para tratar a hiperplasia benigna nos dias atuais. O nome desta cirurgia é Ressecção Transuretral da Próstata, na qual um aparelho chamado ressectoscópio é introduzido pela uretra para ressecar o tecido prostático que cresceu excessivamente, desobstruindo a saída da urina. O paciente fica com uma sonda na bexiga, que é retirada no dia seguinte antes da alta. Esta cirurgia não causa impotência sexual.
Quase todos os homens desenvolverão algum aumento da próstata à medida que envelhecem. Aos 60 anos, 50% dos homens terão alguns sinais da doença, e aos 85 anos, afetará 90% dos homens. Cerca de metade destes desenvolverá sintomas que precisam ser tratados.
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